quinta-feira, 19 de junho de 2014

A máscara de dor


De lágrimas quentes
Que caíam no ar de primeiro instante
Uma irritação na garganta
E o pulmão que machuca oscilante


O resto é mergulhado na dor e no medo
Que fazem as fronteiras das sendas
Como pedras com pontos
E seu sangue é a oferenda


O rumo a seguir é triste e solitário
Um chão de razões congeladas
Leve seus amuletos e incensários
Espere pelos vales e revoadas


Em pequenos brilhos quebradiços
Estarão as esperanças
Como estrelas mortas
Como vagalumes e crianças


Em resquícios de paz
Em feixes de salvação
Em turbilhões de calmaria
Repousam os sonhos do coração


Pois o caminho é de pedra
E não há muito o que fazer
Senão caminhar, senão seguir
E dizer, sem pensar, o que o coração conseguir

Nenhum comentário:

Postar um comentário