De lágrimas quentes
Que caíam no ar de primeiro instante
Uma irritação na garganta
E o pulmão que machuca oscilante
O resto é mergulhado na dor e no medo
Que fazem as fronteiras das sendas
Como pedras com pontos
E seu sangue é a oferenda
O rumo a seguir é triste e solitário
Um chão de razões congeladas
Leve seus amuletos e incensários
Espere pelos vales e revoadas
Em pequenos brilhos quebradiços
Estarão as esperanças
Como estrelas mortas
Como vagalumes e crianças
Em resquícios de paz
Em feixes de salvação
Em turbilhões de calmaria
Repousam os sonhos do coração
Pois o caminho é de pedra
E não há muito o que fazer
Senão caminhar, senão seguir
E dizer, sem pensar, o que o coração conseguir
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